terça-feira, 6 de abril de 2010

Black Sabbath

O Black Sabbath é uma banda incrível, pois ela tem a imensurável capacidade de se adaptar ao vocalista da vez. A prova disso é a imensa diferensa do álbum  Never Say Die (de 1978, com Ozzy no vocal) para o álbum  Heaven And Hell (de 1980, com Dio no vocal). Quem não sabe pode até pensar que são duas bandas completamente distintas.
Mais uma repaginada na banda em 1983, quando Ian Gillan assumiu o vocal em Born Again. Depois, em 1986, Tony Iommi lançou o  Seventh Star, novamente mudando a cara da banda.
Curiosamente estas quatro fases do Black Sabbath são ótimas e totalmente singulares.
Vale a pena passar o dia ouvindo estes álbuns.

Álbum de 1970 [Eric Clapton]

 Este é o primeiro trabalho solo do senhor Clapton. Aqueles maravilhosos solos frenéticos dos tempos dos Yardbirds são bastante frequentes neste álbum. Quem gosta de ouvir uma guitarra rock'n roll totalmente influenciada pelo blues precisa conhecer este disco. Músicas como After Midnight remetem ao Cream, mas com uma nova roupagem. Eric começa com Bad Boy, rock'n roll "hereditário", e vai ao blues com  Lonesome And Long Way From Home. Do blues ao country com Easy Now (uma canção na base de voz e violão). Novamente ao blues com Blues Power e segue a linha.
Já era de se esperar um álbum de tal qualidade de Eric Clapton depois dele ter tocado com grandes nomes do blues como  Sonny Boy Williamson.

Force It [UFO]

Este é apenas um da coleção de ótimos álbuns que a banda UFO lançou mas, inegavelmente, é um álbum que se destaca mais que os outros.
Let It Roll, a primeira faixa, já dá a dica. Segue com Shoot Shoot, depois vem uma linda canção chamada High Flyer, impossível não se encantar com essa, impossível também não ficar cantarolando o refrão de Love Lost Love durante uns dois dias seguidos.
Force It é um álbum daqueles que convidam a apertar o botão repeat all do controle remoto.

Time Of Changes [Blitzkrieg]

Time Of Changes é o álbum que marcou o nascimento do power metal britânico (posteriormente aprimorado pelos alemães).
A faixa  Pull The Trigger é a minha preferida. Ela instiga o pensamento sobre o próprio existencialismo.
Blitzkrieg é uma banda excepcional. O vocal limpo torna as músicas completamente agradáveis aos ouvidos mais exigentes. Um 'q' Hard e uma pegada Heavy com tendência ao Power dão a este, que é o primeiro álbum de estúdio da banda, uma peculiaridade amplamente perceptível.

Retaliatory Attack [Retaliatory]

Destruição, pancadaria e retaliação!
Retaliatory Attack é o melhor álbum de banda paraense que eu já ouvi.
A banda Retaliatory imprimiu nesse álbum toda sua fúria e indignação social. A faixa Obscure Side mostra o lado realista das letras da banda. Deadly Routine e My Life, My Death são músicas que inspiram a selvageria humana. Técnica, velocidade e agressão fazem deste álbum um completo esporro sonoro.
Salve-salve, Retaliatory.

The 7th Song [Steve Vai]

The 7th Song é um álbum que nos transporta a um paraíso imaginário.
A música For The Love of God inicia esta viagem onde a guitarra de Steve Vai ganha vida e expressa súplicas desesperadas.
Segue com Touching Tongues, uma linha de fraseados que nos remete ao mais alto nível imaginário. Um vocal "agoniado" surge nesta música pra cantar alguns versos que completam a idéia de um clima sexy contida na música.
A música Tender Surrender é um misto de feelling e técnica que encanta e mexe com os sentimentos, pois vai buscar lá no fundo da mente algum motivo pra sentir-se emocionado.
Com Boston Melody , uma música bem mais jazzista do que roqueira, é impossível não sentir a alma acariciada pelas sequências de notas nostálgicas da guitarra do brilhante Steve Vai.
O álbum é finalizado com a seguinte frase: "Remember, life is good". E é realmente a sensação que se tem durante e depois de ouvir este álbum, de que a vida é boa.